Ele era um rapaz que se dedicava ao trabalho. Mas quis o destino que parasse de andar. Um acidente transformou sua vida. Agora ele necessita de ajuda para que sua jornada seja menos difícil.
Dilmércio Daleffe
Eram pouco mais das 3 horas da tarde do dia 8 de fevereiro de 2006, quando um acidente começou a mudar a vida de Marcelo Kmita. Aos 30 anos, ele fazia entregas de flores na Vila Guarujá, em Campo Mourão, quando derrapou na estrada. A moto que pilotava virou sobre sua cabeça. O impacto forte quebrou o capacete e iniciou uma série de problemas em seu corpo. Hoje, seis anos após a derrapagem, ele está numa cadeira de rodas, com apenas 15% de visão e com os movimentos dos braços comprometidos. Pobre e sem poder trabalhar, ele precisa de ajuda. Necessita de uma cadeira motorizada. Quem irá socorrê-lo?
Marcelo era um cara normal. Andava, enxergava e, como tantas outras pessoas, vivia de sonhos e dias felizes. Mas naquela tarde de fevereiro, tudo mudou. Chegou ao hospital já em coma, onde permaneceu por oito dias. Internado por quase um mês, saiu andando, vendo e acreditando que tudo havia sido um pesadelo. Pensava que o pior já tinha passado. Continuou a trabalhar como jardineiro e lenhador. Ao lado da esposa, Roselei, mantinha um lar honesto, simples, mas maravilhoso. Descobriu estar estéril por causa do acidente. Foi então que decidiu adotar um menino, João Lucas, hoje com seis anos. Juntos, os três viviam uma felicidade jamais sonhada.
Mas quis o destino, possivelmente insatisfeito com tamanha felicidade, transformar a vida da família. Em maio de 2009, Marcelo começou a perder a visão. Já iniciava ter dificuldades no trabalho. Anos depois, em 2011, crises convulsivas chegaram para interromper a sua caminhada, definitivamente. A vida estava desandando, literalmente. Há sete meses numa cadeira de rodas, o mundo se estreitou para Marcelo. Hoje, ele depende de quase tudo, principalmente, da esposa. É ela, inclusive, quem o empurra pela cidade. Ele está sem força nos braços.
Para piorar a situação da família, a renda não vem sendo suficiente para as despesas. Somente com remédios são quase R$800 ao mês. Trata-se de medicamentos não encontrados via município. Então o jeito é comprar. “Já fomos atrás, mas não conseguimos os remédios”, disse Marcelo. Mas a colaboração da comunidade começou a aparecer. Já há algum tempo Marcelo vem recebendo uma cesta básica através dos Vicentinos. Ele também recebeu um aparelho celular para fazer uma rifa. É gente se preocupando com gente. Gestos simples, mas de extrema nobreza.
O sobrenome Kmita vem da Ucrânia. Marcelo está casado há 13 anos com Roselei. Ela é 15 anos mais velha. Mas isso não impediu a felicidade do casal. Conheceram-se num colégio da cidade, onde os dois estudavam. Ela era estudiosa, enquanto ele, só reprovava. No intervalo, foram apresentados por uma prima. Namoraram por seis anos e depois se casaram. Vivem bem até hoje. Dá até gosto ver.
Mas somente de felicidade ninguém vive. Marcelo e Roselei precisam da colaboração da comunidade. Eles precisam ganhar uma cadeira motorizada para facilitar a vida. E não é barato. O aparelho custa cerca de R$6,5 mil. “Queria acreditar que um dia voltaria a andar para não ter que pedir. Mas não tenho outra opção”, diz. Católico, Marcelo diz ter fé em Deus e não perdeu as esperanças de ainda voltar a caminhar. Toda ajuda é bem vinda. Para falar com o casal e, consequentemente, disponibilizar uma colaboração basta ligar nos telefones 8435-2038 ou 8435-2039. Marcelo irá agradecer.
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