domingo, 28 de julho de 2013

Renato e seu inseparável “Bala”

Renato Luis Stefanuto jamais pensou em ter uma ave em casa. Mas quis o destino que fosse assim. Depois de ser presenteado por “Bala”, o pequeno Corrupião, passou a descobrir um amigo inseparável. Juntos, fazem coisas que ninguém acreditaria. Mas agora a história será contada.


Dilmércio Daleffe



Ninguém é uma ilha. E, ainda solteiro, Renato Luis Stefanuto já escolheu seu companheiro de estimação. Poderia ser um cão, um gato ou até uma tartaruga. Mas não. Optou por um pássaro, o “Bala”. Trata-se de uma ave sem igual, diferente de tudo o que já se viu. Um grande parceiro para todas as horas. Acontece que o bicho faz coisas inacreditáveis, tudo para ficar ao lado de seu dono. Só pra se ter ideia, “Bala” já fez sauna, dormiu sob as cobertas e tomou banho com Renato. Os dois são quase inseparáveis.

Tudo começou a cerca de um ano e meio. Renato foi a um churrasco na casa de um amigo. O sujeito mantinha vários pássaros, todos legalizados. Durante a roda de viola, os bichos foram soltos. Mas “Bala”, ao invés de ficar com os “coleguinhas”, decidiu ficar no ombro de Renato. No dia seguinte, os amigos voltaram a casa. Novamente, “Bala” preferiu ficar no ombro de Renato. Assim, o sujeito acabou o presenteando com o Corrupião. “Na verdade eu nunca pensei em ter uma ave. Foi um grande presente mesmo”, disse.

Com o presente aceito, o jeito foi levar a ave para casa. Para sua surpresa, tornaram-se parceiros de verdade. Nos primeiros dias, “Bala” já começava a despontar suas peculiaridades. Mesmo ficando solto dentro do apartamento, o bicho jamais quis sair pelas janelas abertas. Prefere mesmo é permanecer sobre a cabeça das pessoas. Parecendo, ou até, querendo ser gente, a ave tem atitudes que surpreendem. Inúmeras vezes os dois tomaram banho juntos. O nome foi dado por um primo de Renato, Marcos Stanizewski.



Para o espanto de Renato, certo dia, ao abrir a geladeira, “Bala” voou sozinho para o seu interior. Lá, avançou sobre as alfaces e não quis mais sair. “Eu fechei a porta pra ver o que ele ia fazer. Mas ao abri-la novamente, percebi que ele estava tranquilo. Gostou do lugar”, disse. Até hoje, volta e meia, quando está com fome, o pássaro adentra à geladeira – sempre com a ajuda servil do companheiro.

Piloto de aviões, Renato já levou o amigo para voar – como se precisasse de sua ajuda. Às vezes, os dois vão juntos até o hangar, no aeroporto de Campo Mourão. Lá, enquanto ele arruma seus “brinquedinhos”, o bicho fica solto. Mas sem nunca se distanciar. Nem mesmo Renato consegue explicar as atitudes do amigo. “Não sei o que acontece com ele. Ele é uma figura”, ressalta.


Hoje, Renato não consegue mais se imaginar sem o amigo. Trata-se de um corrupião, originário do Nordeste brasileiro e registrado pelo Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Um bicho meio nervoso, arisco e, ao mesmo tempo, que se protege de tudo. Pode-se dizer que atualmente, quem manda na casa de Renato é o “Bala”. As atenções de toda a família voltaram-se a pequena ave. Até mesmo Daimon, o cão Lhasa apso de sua mãe, teme o bicho. É sempre assim. Dê asas e perca as rédeas.   

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